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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Thomaz Farkas – uma antologia pessoal
O Instituto Moreira Salles – São Paulo, traz a maior retrospectiva dedicada à obra do consagrado fotógrafo, com cerca de 100 imagens, parte delas inéditas. Húngaro, naturalizado brasileiro, Thomas Farkas teve seu acervo vasculhado durante dois anos pelos seus filhos, o diretor de cinema João e o designer gráfico Kiko Farkas, em conjunto com o IMS, que hoje preserva sua obra fotográfica.
Fotografia de Thomaz Farkas/ Acervo Instituto Moreira Salles
O passeio por sua incrível trajetória rendeu, além da exposição, o livro, Thomaz Farkas – Uma antologia pessoal, do tipo coffee-table com 140 imagens e texto do filho: ” O pai que fui descobrindo era um apaixonado pelo Brasil, sua gente, sua música e manifestações culturais: da cachaça à arquitetura modernista, do samba à cozinha rústica nordestina “, escreve João Farkas, na introdução do livro, para completar que o pai transitava sem nenhum preconceito entra a mais antenada visão de mundo e as mais profundas tradições populares.
Na retrospectiva, imagens produzidas a partir da década de 1940, época em que Farkas se associa ao Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), local de debate sobre a atividade fotográfica, frequentado também por Geraldo de Barros e e outros fotógrafos atuantes como José Yalenti, José A. Vergareche, German Lorca, formadores da fotografia moderna brasileira afinados com as vanguardas europeias e norte-americanas, os membros do clube buscavam uma estética, novos temas, enquadramentos e pontos de vista.
Na mostra, fotografias com uma abordagem mais humanista, que se aproximam do fotojornalismo, como as séries sobre o Rio de Janeiro onde são retrados moradores de bairros populares e centro histórico da então capital federal. Também presentes, imagens coloridas, datadas de 1975, feitas parte durante uma expedição científica ao Amazonas e a Salvador.
Thomaz Farkas
Thomaz Farkas é um dos grandes expoentes da fotografia moderna no Brasil. Sua família fundou a Fotoptica, empresa pioneira no comercio de equipamentos fotográficos no Brasil.
Aos oito anos de idade, em 1932, ganha de seu pai a primeira câmera fotográfica e durante os dez anos seguintes, começa a experimentar com seu brinquedo: fotografa família, animais domésticos, o grupo de amigos de bicicleta, fatos relevantes como a passagem do Zeppelin e a construção do estádio do Pacaembu.
Pioneiro, Farkas estabeleceu contato com o fotógrafo Edward Weston, na Califórnia, e o curador de fotografia do Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, Edward Steichen. A pedido de Pietro Maria Bardi, montou o laboratório fotográfico do MAM/SP, junto com Geraldo de Barros.
Documentou como Marcel Gautherot e outros fotógrafos a construção de Brasília. A linguagem e abordagem é a fotografia documental, o fotojornalismo que pautaria nas décadas de 1960 e 1970, a Caravana Farkas de documentários sobre o Brasil profundo e a série em cores sobre a Amazônia e Nordeste (Notas de viagem).
Palestras
Começa no dia 12 de fevereiro, às 11h30, uma série de encontros sobre fotografia. Eles vão acontecer uma vez por mês (sempre aos sábados) na loja do Instituto Moreira Salles por Livraria Cultura, com a participação de convidados. Na estreia, o fotógrafo Cristiano Mascaro bate-papo com o coordenador de fotografia do IMS, Sergio Burgi.
Thomaz Farkas: uma antologia pessoal
Até 03 de abril de 2011
Local: Instituto Moreira Salles – São Paulo
Endereço: Rua Piauí, 844, 1° andar, Higienópolis
Horário: de terça a sexta-feira, das 13h às 19h/ Sábados e domingos, das 13h às 18h
Entrada franca
Classificação livre
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